sexta-feira, 5 de junho de 2009

Somos.

Todos procuramos algo que nos possa motivar para ultrapassar momentos da nossa vida. Todos o procuramos sobretudo com base em certos receios que vamos adquirindo ao longo do
nosso crescimento.
Essa procura origina sempre tentativas de assimilação com certas crenças, filosofias, histórias e afins. Eu próprio o fiz e passei pelo estudo de várias religiões (não totalmente exaustivo), algumas teorias de mecânica quântica, espiritualidade e filosofias/psicologias tb.
Este é normalmente o caminho de quem de alguma forma sente que algo de mais grandioso existe, seja ele referenciado como Deus, Energia, Alá etc...
Uma boa parte das religiões, sobretudo ocidentais, tiveram por base o conceito de um ser exterior ao ser humano com um poder superior que alem de limitador, espera algo em troca para garantir uma vida eterna.
Essas crenças, no entanto, implicaram uma divisão em relação ao que poderemos considerar de facto grandioso em cada um de nós, permitindo a atribuição de culpa do que possamos considerar menos aliciante ao exterior, desresponsabilizando-nos das nossas acções e aumentando a facilidade de violência perante outro seres vivos, humanos, animais e/ ou vegetais.
Dito isso, acredito que neste caminho, perdemos a maior essência e também maior verdade de todas: Somos todos um e individuais ao mesmo tempo. Somos todos um porque vivemos todos em comunidades, no mesmo planeta e todos sentimos. Somos todos individuais porque todos temos consciência de que temos dons ou capacidades distintas uns dos outros num determinado momento (isso não significa que não temos todos os mesmos poderes).
Não quero dizer que não podemos encontrar virtudes nessas crenças ou ideologias , pelo contrário, todas as religiões têm por base verdades que considero muito valiosos e repletas de sabedoria divina.
Para concluir e não tornar este texto demasiado extenso e maçador, tudo o que existe alem de nós existe somente como chamada de atenção para algo muito importante, olharmos para nós próprios para crescermos pessoalmente. O exterior é reflexo da nossa mente. O que vemos, sentimos, provamos, é tudo espelho do nosso interior. Se considerarmos que todos os nossos sentidos conseguem milhões de percepções que nem sequer entendemos ou damos importância, imagine o tempo que perdemos com ciclos mentais tais como: estou bem vestido(a) hoje, como vou pagar aquela conta etc...
Queria terminar este post dizendo o seguinte: Tudo tem um propósito, nada é por acaso e mais ninguém ou nenhum objecto é reponsavél pelo o que sentimos, somente nós.

4 comentários:

sol auto existente amarelo disse...

amen....!
:-)

Fred disse...

Amen mesmo!

Anónimo disse...

Tudo não passa de crenças, de uma necessidade de acreditar na vida para além da morte. O grande problema passa sempre da ideia do Homem ser uma raça superior, apesar de darmos provas que somos a raça mais parasita do planeta. Parasitamos tudo e todos, o que tem vida, o que não tem e uns aos outros. Achamos que o planeta existe para nos servir, abusamos dele e vamos até ás ultimas consequências, mesmo até ao nosso sofrimento e consequente morte.
Consciência e humildade nos nossos actos, não sentirmos apenas compaixão e sim sentir que fazemos algo para contraiar esta realidade, acho eu que é o que se pede para assim evoluirmos mais como seres, mas a essa evolução implica algum retrocesso do ego.
Não sabemos tudo, nem temos de saber.
Sim, somos... o que somos!

(acho eu ;))

Fred disse...

Considero importante tudo o que a humanidade ja passou porque é por essa razão que estamos neste momento a partilhar essas opiniões. Para todo o efeito, nada é por acaso. Poderíamos dissertar sobre possíveis alternativas para que o homem chegasse à consciência, no entanto e de acordo com o que foi dito, haveria alguma alternativa conhecendo o homem como conhecemos? No meu entender mais do que analizar o que poderia ser melhor ou o que está mal, é importante fazermos a diferença, e fazer a diferença é dar a conhecer formas de ver o mundo com melhores olhos esteja ele ou não em o que muitos definirão como "decadente". A minha forma de o fazer é partilhando a minha experiência. Convido-vos a fazer o mesmo. Ja sabemos onde estamos e de onde viemos, hoje temos de construir o que queremos amanhã.